
Depois de deixar esse Blog bem quieto, volto hoje a falar e justo de futebol. Vamos lá.
É cabível ponderar que nossa derrocada na(s) Copa(s), da forma como tem sido e incluído aí o episódio de 98, pode ser vista como um reflexo de uma Confederação de Futebol cujo controle desconhece o universo do mérito esportivo já há décadas. Isso na medida em que nossos últimos técnicos são nomes alinhados com escolhas autoritárias, advindas de relações pessoais com o comando da CBF. Nosso aparentemente inato talento futebolístico tem sido colocado em mãos que, a pretexto de 'alinhar-se ao futebol de hoje', fazem isso de uma forma maquiada e que supõe o ser 'moderno' oprimir o jogo do talento em função da brutalidade dungamelada, como ocorrera com Parreira, ainda que vencesse 94. Ter uma confederação só futebolística, criada na época da ditadura e com um ditador em seu topo parece que tá acabando com o esporte que deveria existir no futebol do Brasil. Essa é uma mecânica perversa, a de um futebol que é mais que um esporte. Por aqui grassam coisas assim, como é o caso quase único no mundo, de um Tribunal Regional Eleitoral, específico para eleições, tratadas como uma instância que estaria no mesmo pé que a da justiça comum, que é o poder que abarca as eleições em outros países. Nada de se espantar termos uma eleição eletrônica que, aliás, está a ponto de gerar legítimas desconfianças (ver http://recantodasletras.uol.com.br/artigos/2225602 ). Quero papelzinho e caneta e contagem de votos, por favor! Isso num país que passou grande parte do século XX sem eleições diretas. Perverso. Enquanto a Alemanha levou Özil e Müller, Ganso e Neymar ficaram no Brasil e Nylmar no banco. Hoje foi a vez de ser vencida a ilusão argentina, comandada pelo chavista Maradona, eivado desse halo ideológico degenerado e bolivarianista, que acredita em salvífica força com olhos voltados aos céus... Que olhassem para os pés e estudassem melhor o jogo alemão, marcassem Schweinsteiger como eles o fizeram a Messi, ao invés de ir prá televisão dizer que iria ganhar. Tanto melhor que não corramos o risco de vê-lo pelado ante ao obelisco da 9 de julho. E Mick Jagger e Leonardo di Caprio, que nada têm com isso, lá estavam; provavelmente torciam para a Alemanha.
Hay que endurecerse like a Rolling Stones.