AO FINAL DA PÁGINA, VÍDEOS E LINKS.

sábado, 3 de julho de 2010

A culpa não é de Mick Jagger


Depois de deixar esse Blog bem quieto, volto hoje a falar e justo de futebol. Vamos lá.



É cabível ponderar que nossa derrocada na(s) Copa(s), da forma como tem sido e incluído aí o episódio de 98, pode ser vista como um reflexo de uma Confederação de Futebol cujo controle desconhece o universo do mérito esportivo já há décadas. Isso na medida em que nossos últimos técnicos são nomes alinhados com escolhas autoritárias, advindas de relações pessoais com o comando da CBF. Nosso aparentemente inato talento futebolístico tem sido colocado em mãos que, a pretexto de 'alinhar-se ao futebol de hoje', fazem isso de uma forma maquiada e que supõe o ser 'moderno' oprimir o jogo do talento em função da brutalidade dungamelada, como ocorrera com Parreira, ainda que vencesse 94. Ter uma confederação só futebolística, criada na época da ditadura e com um ditador em seu topo parece que tá acabando com o esporte que deveria existir no futebol do Brasil. Essa é uma mecânica perversa, a de um futebol que é mais que um esporte. Por aqui grassam coisas assim, como é o caso quase único no mundo, de um Tribunal Regional Eleitoral, específico para eleições, tratadas como uma instância que estaria no mesmo pé que a da justiça comum, que é o poder que abarca as eleições em outros países. Nada de se espantar termos uma eleição eletrônica que, aliás, está a ponto de gerar legítimas desconfianças (ver http://recantodasletras.uol.com.br/artigos/2225602 ). Quero papelzinho e caneta e contagem de votos, por favor! Isso num país que passou grande parte do século XX sem eleições diretas. Perverso. Enquanto a Alemanha levou Özil e Müller, Ganso e Neymar ficaram no Brasil e Nylmar no banco. Hoje foi a vez de ser vencida a ilusão argentina, comandada pelo chavista Maradona, eivado desse halo ideológico degenerado e bolivarianista, que acredita em salvífica força com olhos voltados aos céus... Que olhassem para os pés e estudassem melhor o jogo alemão, marcassem Schweinsteiger como eles o fizeram a Messi, ao invés de ir prá televisão dizer que iria ganhar. Tanto melhor que não corramos o risco de vê-lo pelado ante ao obelisco da 9 de julho. E Mick Jagger e Leonardo di Caprio, que nada têm com isso, lá estavam; provavelmente torciam para a Alemanha.

Hay que endurecerse like a Rolling Stones.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Karlheinz Stockhausen

Karlheinz Sotckhausen- "Helicopter String Quartet"

domingo, 23 de setembro de 2007

koyaanisqatsi - Vessels

A música/filme que eu mencionara ao Tambosi no post do Manhattan.

Todesfuge

Deixo aqui o link de uma postagem do blog do Tambosi:
http://otambosi.blogspot.com/2007/09/fuga-da-morte.html#links

Trata do poema "Todesfuge" de Paul Celan, que eu musiquei.

sábado, 4 de agosto de 2007


Pois é, essa é a placa do Manhattan Grill, que fica no Anchieta, aqui em Belo Horizonte. Ele já está lá há um certo tempo, desde antes do 11 de setembro, e aquele sintomático aviãozinho cruzando as 'torres' me deixou impressionado.

Sobre o cometário feito aqui, em resposta ao Tambosi, ver o vídeo Koyaanisqatsi - Vessels, na página do Blog.

quinta-feira, 26 de julho de 2007

A rejeição burguesa ao artesanato poético

Espanto e mesmo aversão: tenho me defrontado com isso sempre que a questão é a presença de uma real ciência poética na música. Se apresento, em classe, uma análise de um trabalho de melos de Bach, por exemplo, surge sempre a pergunta: "Mas será que ele pensou nisso?" (futuramente considerarei a questão do pensar). Nunca é demais lembrar que a maneira de se 'entender' a arte que se tem hoje foi construída dentro do mundo burguês. Inclua-se aí a questão do surgimento de rádio, de televisão, de meios para a captação e a reprodução, de uma indústria cultural que destina a uma clientela muito mais do que produtos de consumo. Muito interessante é, desde já, recomendar a leitura da "filosofia da composição", de Edgar Alan Poe. Esse texto pode ser visto como uma detecção do nascedouro da mitificação do trabalho artístico como um dote divino e não como um artesanato. Poe detecta, nos escritores de sua geração e, de certa forma no 'gosto' do público, a necessidade de fugir do reconhecimento desse artesanato ou, simplificando, do 'como é feito o texto'. É na instituição do 'gosto' que se pode ver a resistência burguesa a reconhecer o belo pela via do entendimento. Enquanto, em linhas gerais, temos que a nobreza cultivava o que veio a se constituir em sustentáculo da cultura ocidental (inclusive o sistema tonal), os burgueses se defrontaram com a questão da beleza com o único recurso de que dispunham: o gosto. E isso no momento em que a cultura começa a se disseminar como objeto de posse. Daí a expressão tipicamente burguesa: "gosto não se discute". Depois dessa, acompanhando o desenvolvimento de um mundo tecnológico e pós-industrial, surge outra ainda mais autoritária: "tudo é relativo". Em geral essa pérola do conformismo autoritário é alegada em qualquer circunstância. Ainda que a relatividade pressuponha a efetiva relação entre coisas, essa alegação dispensa o 'Isso e aquilo' para afirmar-se no totalitarismo do 'tudo'. Surge ou pensa-se, assim, como um argumento "cala a boca", que dispensa o proponente de qualquer esclarecimento sobre quaisquer elementos ou aspectos que estariam se relacionando nessa afirmação. E, tal como o gosto, reverte-se para o proponente num exercício vazio de afirmação narcisista, muito adequado ao individualismo 'do mundo protegido pelos entretenimentos', como diria Schoenberg. O 'relativo', longe de seus pressupostos dinâmicos, valida-se como uma opinião-limite. Parece que se nega ao artista sua própria capacidade de formular sua arte e exclui-se da fruição a possibilidade de reconhecer-lhe as capacidades de produção. A negação do artesanato me faz pensar que não será acaso que Boulez musicou "Le Marteau Sans maître", de René Char, que se inicia com um tríptico sobre o poema «L’artisanat furieux». (Continuo depois)
* J.S.Bach
*G. Ligeti
*C.Camargo Mariano e Romero Lubambo
OUÇA/VEJA TAMBÉM: (botão direito, abra em outra janela)
*MICHAEL BRECKER Nothing Personal
http://www.youtube.com/watch?v=Nh3zxLfMJZc
*C. MARIANO / LUBAMBO Joy Spring
http://www.youtube.com/watch?v=ucVN4qp6QG4&mode=related&search
*RAVEL- Gaspard de la Nuit: LE GIBET -Pierre-Laurent Aimard, piano-http://www.youtube.com/watch?v=6ZHu1hfySEM&mode=related&search=
*RAVEL Gaspard de la Nuit: ONDINE -Pierre-Laurent Aimard, piano-http://www.youtube.com/watch?v=PxvgUM13GhM&mode=related&search=
*ARCADELT Il bianco e dolce cigno - KING SINGERS
http://www.youtube.com/watch?v=BnxgOSIofMg&mode=related&search=
*Black Bird - KING SINGERS
http://www.youtube.com/watch?v=Zsst2jSoUbg
*Honey Pie - KING SINGERS
http://www.youtube.com/watch?v=77JnzrswUk8&mode=related&search=
*A. WEBERN Fünf Sätze op.5 - GRIMAL string ensemble orchestra
http://www.youtube.com/watch?v=WKZt6nPrKJQ&mode=related&search=
und
http://www.youtube.com/watch?v=0ud-4P5z1o8&mode=related&search=
*A. WEBERN Variationen op. 27 - Glenn GOLD,piano
http://www.youtube.com/watch?v=mqVb6DOvA9Y&mode=related&search=
*VARÉSE Ionisation -Ensemble InterContemporain - BOULEZ
http://www.youtube.com/watch?v=TStutMsLX2s&watch_response
*VARÉSE Offrandes -Ens.InterContemporain- BOULEZ/ANNA STEIGER
http://www.youtube.com/watch?v=RxYb44Czv1A
*BOULEZ Sonata n.o 1 -Pierre-Laurent Aimard, piano-http://www.youtube.com/watch?v=lBhXrFp0AXE&mode=related&search=
*ZAPPA Dupree's Paradise - Ensemble InterContemporain - BOULEZ
http://www.youtube.com/watch?v=J6UgzNJfpfA&mode=related&search=
** Sobre o criador da animação no clip do ZAPPA:
http://www.youtube.com/watch?v=Vzo04V24vWw&mode=related&search=
*ZAPPA Dog Meat- Ensemble Modern- Peter HUNDEL
http://www.youtube.com/watch?v=R7_r_FxhVN4